Aprecio bastante a gastronomia algarvia. Conheço um restaurante em Faro, a Taska, que serve comida tipicamente algarvia como arroz de lingueirão, xarém de conquilhas rico e pobre, raia alhada ( o meu filho mais velho adora), entre outros. Servem também entradas deliciosas como muxama de atum, que a primeira vez que a comi meti na boca como se de presunto se tratasse,:) biqueirão alimado e anxovado, etc, etc, etc.
Um dos pratos que também servem são as sardinhas albardadas com arroz de coentros que já reproduzi em casa várias vezes sempre com algum sucesso.
É um prato muito económico e fácil de preparar como poderão constatar. Senão, vejamos:
O que preparar: ( para 4 doses)
- 8 a 10 sardinhas médias;
- 1 limão;
- Farinha e ovo batido para panar as sardinhas;
- 1 cebola;
- 0,5dl de azeite;
- 1 dente de alho;
- 1 ramo de coentros;
- 2 chávenas de arroz carolino;
- 4 chávenas de água;
- Sal e pimenta a gosto;
- Óleo vegetal para fritar as sardinhas.
Como preparar:
Cortar a cabeça e cauda às sardinhas e retirar-lhes as escamas com os dedos para não as amassar. Com uma faquinha afiada, abri-las longitudinalmente pela “barriga” e retirar-lhes as tripas e a espinha central. É importante que a faca esteja afiada pois assim, este trabalho faz-se facilmente. Temperar o peixe com sal, pimenta e o sumo do limão. Reservar pelo menos 1 hora para tomarem gosto.
Aquecer o óleo numa frigideira, passar as sardinhas, uma a uma, pela farinha e depois pelo ovo e fritá-las.
Entretanto, para o arroz, levar a cebola picada e o alho ao lume juntamente com o azeite. Deixar frigir um pouco e juntar de seguida os coentros picados. Deixar, novamente, frigir sem deixar queimar e juntar o arroz. Cerca de 2’ depois, juntar a água e deixar ferver. Quando isso acontecer, temperar de sal, mexer, e deixar ferver em lume alto mais 2’. Mexer novamente, baixar o lume e tapar o tacho. Deixar cozer mais 10’ e apagar o lume. O arroz está pronto.
Empratar o arroz, as sardinhas e enfeitar com gomos de limão.
Quero só referir que o termo albardado se refere ao acto de envolver o elemento que vai a fritar num polme de farinha, ovo e água. Não faço exactamente assim pois julgo que passando o peixe somente por farinha e ovo, separadamente, nesta caso específico, fica mais agradável.
Mãos à obra.