Bem vindos à Oficina das Papitas. Este meu projecto, tem como principal objectivo ajudar os meus filhos que já não vivem comigo, mas que têm de cozinhar para si próprios. Espero assim poder ajudá-los. Tentarei fazê-lo com muito amor.
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Depois de uma escolha frustrada, decidi que a receita com que participaria neste desafio teria de ter alguma ligação sentimental comigo. É que desta forma os trabalhos fluem-me, pois faço-os com o dobro do prazer. 

 

Até por que a equipa da plataforma do Sapo merece alguma da minha dedicação pelo apoio que está sempre disposta a dar a quem com ela trabalha, bem como ao esforço que envereda no sentido de tornar este espaço de trabalho afável, funcional e aprazível. Parece um cliché esta minha descrição mas asseguro que não o é, pois vim de outra plataforma e sei como é “lá fora”.

 

 

 

 E assim, foram as memórias doces de um almoço domingueiro, na minha infância,com toda a família reunida, onde no ar ainda pairava o cheiro das papas de milho que a minha mãe havia cozido para depois as fritar. E assim,  foi a recordação do sabor agridoce do molho de maracujá que regava uns filetes de espada preto. E assim,  foi a sensação de alegria que me assolou ao sentir ainda na boca a delicadeza dos  babas que o meu pai comprava na pastelaria do bairro, para a sobremesa, que  motivaram a preparação desta refeição que hoje aqui trago.

E porque hoje é Domingo, convido a equipa do Sapo, os membros do júri deste concurso, e toda a comunidade Sapo para a mesa de honra ;sentemo-nos à mesa para partilhar sabores e paladares que me são tão familiares e que me transportam para outros Domingos, há muitos e muitos anos atrás.

 

Bom Apetite. Espero que gostem.

 

Aqui está assim a minha participação:

Para os filetes:

 

O que preparar:

 

  1. 8 filetes de peixe espada preto;
  2. 8 batatas pequenas;
  3. 1 limão;
  4. 1 dente de alho;
  5. 4 bananas da madeira;
  6. 1 dl de polpa de maracujá;
  7. 1 colher de sobremesa de crème fraiche;
  8. 300g de farinha de milho branca;
  9. 50g de sêmola de milho;
  10. 150g de couve galega partida como para o caldo verde;
  11. 1 colher de sopa de manteiga;
  12. 2 dentes de alho;
  13. 1,5l de água;
  14. Óleo para fritar os filetes, o milho e as bananas.

 

Como preparar:

 

Cozer o milho de véspera.. Assim, levar ao lume a água temperada com sal, os 2 dentes de alho e a colher de manteiga. Quando começar a ferver, deitar a farinha e a sêmola de milho e mexer bem para não criar grumos. Juntar a couve e ir mexendo sempre em lume brando, para não deixar pegar. As papas de milho demoram cerca de 20’ a cozer notando-se o facto quando ficam espessas mas cremosas. Retirar do lume e deitar num tabuleiro previamente molhado,  deixando arrefecer e secar de preferência de um dia para o outro.

 

No dia da preparação da refeição, temperar os filetes com sal, pimenta, 1 dente de alho laminado e o sumo do limão. Reservar e deixar assim pelo menos uma hora.

 

 

Cozer as batatas descascadas numa panela com água e sal. Depois de cozidas, reservar.

 

Deitar a polpa de maracujá que poderá ser de conserva, num tachinho, levar ao lume e quando começar a levantar fervura, deitar a colher de creme fraiche, mexer bem e deixar engrossar um pouco em lume muito fraco. Retirar do lume e reservar.

 

Colocar uma frigideira com cerda de 2 cm de altura de óleo ao lume e quando estiver bastante quente, fritar o milho que se partiu em cubos. O óleo deve estar muito quente e dever-se-á deitar poucos cubos de cada vez para fritar bem pois, caso contrário, poderá haver o risco dos cubos de milho se desmancharem. Quando fritos, reservar.

 

Fritar no mesmo óleo do milho, as bananas. Reservar.

 

Levar outra frigideira ao lume com óleo e fritar os filetes de espada preto, previamente, passados por farinha e ovo batido.

 

Com tudo cozinhado, empratar a gosto, podendo fazer acompanhar com uma colher de maionese caseira.

 

O molho de maracujá poderá ser servido separadamente ou poderá ser deitado, directamente,  por cima dos filetes.

 

 

Para o baba:

 

O que preparar:

 

  1. 250g de farinha de trigo;
  2. 25g de fermento biológico;
  3. 1 dl de leite morno;
  4. 25g de açúcar;
  5. 100g de manteiga;
  6. 2 ovos.
  7. 400g de açúcar;
  8. 1 dl de água;
  9. Casca de laranja ( só o vidrado)
  10. 1 dl de rum.

 

Como preparar:

 

Numa taça de batedeira, deitar os ingredientes pela seguinte ordem:

 

Farinha, fermento e leite.

 

Bater com o gancho até se formar uma bola que se descole das paredes da taça. Tapar a taça com um pano húmido e deixar crescer durante cerca de ½ hora em lugar de temperatura amena.

 

Passado este tempo, ligar novamente a batedeira e bater a massa que cresceu acrescentando os ovos e o açúcar. Bater à velocidade máxima durante 3’. Juntar a manteiga derretida mas à temperatura ambiente.

 

Continua a amassar bem até ficar uma massa elástica.

 

Tapar novamente com um pano húmido e deixar aumentar o volume durante cerca de 1,30h.

 

Untar formas de queques com manteiga e farinha. Encher até meia capacidade de massa e deixar descansar durante ½ hora para a massa crescer, novamente.

 

Levar a cozer em forno a 220ºC durante 20’. Retirar do forno, desenformar e colocar os bolinhos em cima de uma rede. Levá-los ao frigorífico durante cerca de 2h para a massa secar.

 

Nesse tempo, preparar a calda levando a água com o açúcar e a casca de laranja ao lume. Quando levantar fervura contar exactamente 2’. Retirar do lume e juntar o rum.

 

Retirar os bolinhos do frigorífico e cortar no topo um círculo reservando-o. Com a calda em lume muito brando, ir mergulhando os bolinhos, fazendo pressão para absorverem a calda. Fazer no máximo três de cada vez. Colocá-los num prato, encher a cavidade com chantilly e colocar por cima a tampinha.

Servir frescos e como sobremesa, depois de um delicioso parto de filetes de espada preto com molho de maracujá e milho frito.

 

 

A receita do prato principal foi retirada das minhas memórias, sendo um prato típico da Ilha da Madeira, terra Natal da minha mãe.

A receita dos babas foi retirada a adaptada de uma revista da  Tele culinária chefiada por o Chefe Silva .

 

 

E pronto, como devem ter percebido, é com estas sugestões de uma refeição agradável que participo no desafio culinário aos blogs Sapo. 

publicado por Maria às 08:00
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