Bem vindos à Oficina das Papitas. Este meu projecto, tem como principal objectivo ajudar os meus filhos que já não vivem comigo, mas que têm de cozinhar para si próprios. Espero assim poder ajudá-los. Tentarei fazê-lo com muito amor.
Fevereiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
13
15
19
20
21
22
23
24
26
27
Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Posts mais comentados
28
Fev
13
Este prato não exige grande experiência culinária nem muito tempo na cozinha. É porém um prato económico e muito agradável para fazer naqueles dias em que há pouco tempo e/ou muita preguiça.
O que preparar:
  1. 400g de arroz de bago longo;
  2. 3 latas de atum;
  3. 3 ovos cozidos;
  4. 2 dl de maionese ( eu faço em casa mas pode ser utilizada de compra).

Como preparar:

Cozer o arroz em bastante água temperada com sal. Depois de cozido, lavá-lo para perder toda a goma e escorre-lo bem. Este trabalho pode ser feito de véspera. 

Cozer os ovos e picá-los. Esmagar o atum. Misturar os ovos e o atum com 2 colheres de sopa de maionese.

Num pirex , previamente untado com maionese, deitar metade do arroz, formando uma camada. Sobre esta camada de arroz, espalhar muito bem a mistura de ovo, atum e maionese, alisando bem.  Por cima espalhar o restante arroz.  Cubrir tudo com a restante maionese, alisar bem e levar ao forno até alourar. Servir quente ou frio.

Mãos à obra.

publicado por Maria às 18:58
25
Fev
13
As pessoas que se amam adoptam uma espécie de código secreto e breve que resume, num instante, momentos ou anos de convívio. O tempo mede-se em unidades de vida. Muitas vezes descuramos o essencial dos nadas a quem não sabemos  quem nos obriga. É por isso que muitas das vezes as nossas memórias se assemelham mais a um protesto do que a um testemunho, à voltas com o tempo, tempo perdido, tempo doado, unidades de vida.
A primeira recordação em que tropeço, sempre que pretendo encontrar registo inicial do fio da memória da minha infância, é um grupo de meninas com batinhas brancas, sentadas numa sala de aula, atentas às lições da professora das primeiras letras.
Um dos problemas que sempre afectou o meu espírito, porque não lhe encontrava solução, era a tristeza do afastamento e a dolorosa falta de esperança num reencontro.
38 anos volvidos.
Tal como um comboio lento que para em todas estações e apeadeiros, ela foram chegando.
Um Reencontro.
A amizade não se descreve, apenas se sente.
Este bolinho foi feito como uma ode a esse momento. 
Cobertura:
120 gr de farinha trigo
85 gr de açúcar mascavado claro
2 colheres (café) de canela
85 gr de manteiga

Bolo:
180 gr de açúcar mascavado claro
180 gr de manteiga (usei 125 gr)
3 ovos
130 gr de farinha de trigo
50 gr de farinha de alfarroba
3 colheres (sopa) de leite
1 colher (sopa) de sumo de limão
3 a 4 maçãs 


Preparação

Começar por preparar a cobertura crumble: juntar numa taça todos os ingredientes (a manteiga em cubinhos) e misturá-los com as pontas dos dedos até obter uma mistura areada tipo crumble. Fazer uma bola e reservar no frio por 30 minutos.
Para o bolo: bater a manteiga amolecida com o açúcar até obter um creme. Adicionar os ovos e bater muito bem. Juntar o leite e o sumo de limão e bater.
Dividir a massa em duas taças iguais e juntar 100 gr de farinha de trigo a uma das partes, envolvendo bem. À outra parte adicionar a restante farinha e a de alfarroba, envolvendo.
Descascar em quartos e fatiar as maçãs. 
Untar uma forma redonda com manteiga e polvilhar com farinha (forrei o fundo com papel vegetal).
Colocar no fundo da forma a massa clara. Cobrir com uma camada de maçã fatiada em círculo, tapando toda a camada clara. Por cima das maçãs colocar a massa escura com alfarroba, espalhando com cuidado. Colocar mais uma camada de maçãs.
Retirar a cobertura do frio e desfazê-la num género de crumble, espalhando por cima das maçãs.
Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC até cozer (teste do palito).
Quero agradecer à minha querida amiguinha Ginja por me ter dado esta receita
publicado por Maria às 19:04
18
Fev
13
O frio teima em ficar, em manter-me encolhida, macilenta e tristonha. Nesta altura já não  lembro o Verão que passou mas anseio a Primavera que tarda em chegar. Sonho que termine a chuva, que termine o  vento dançando com as folhas a seu contento. Resta-me a certeza que não há Invernos eternos. Enquanto este dura, aqueço o estômago e rejubilo a alma com papitas quentes e reconfortantes, como este ranchinho.
O que preparar:
  1. 300g de grão de bico seco;
  2. 1/4 de repoulho;
  3. 100g de massa seca em tubos;
  4. 1 chouriço de carne;
  5. 1 chouriço de mel;
  6. 300g de entrecosto de porco cortado em pedaços pequenos ( pedir no talho para fazer os cortes);
  7. 100g de barriga fumada;
  8. 1 cebola grande;
  9. 2 dentes de alho;
  10. 1 cenoura partida em pedacinhos pequenos;
  11. 50g de abóbora partida em pedacinhos pequenos;
  12. 1 dl de azeite;
  13. 1 folha de loureiro;
  14. 0,5 dl de vinho branco;
  15. 150g de tomate triturado ( pode ser enlatado);
  16. 2 colheres de sopa de polpa de tomate;
  17. 1/2 colher de chá de cominhos;
  18. sal, pimenta e salsa a gosto.

Como preparar:

De véspera colocr o grão de molho. No dia de preparação, levar o grão de bico ao lime em água temperada de sal e deixar cozer ( leva cerca de 20´). Escorrer e aproveitando a água de cozedura. Reservar.

Partir a carne em pedaços pequenos ( eu pedi para fazerem no talho), o chouriço de carne e a morcela em rodelas e a barriga fumada em quadradinho pequenos; reservar. Partir o repoulho em tiras e a cebola e abóbora em cubos pequeninos; reservar.

Picar a cebola e o alho e levar ao lume em azeite, deixando a cebola estalar mas sem queimar. Juntar a folha de loureiro e o entrecosto. Selar a carne e juntar depois juntar o tomate, a polpa de tomate e o vinho branco. Deixar suar durante 10´. Juntar algum caldo de cozedura do grão e deizar cozinhar a carne. Passados cerca de 15´, juntar os chouriço e a barriha fumada. Juntar mais um pouco de caldo do grão se necessário. Deixar cozinhar cerca de 5´e juntar a abóbora, a cenoura e o repoulho. Cobrir de caldo, temperar de sal e pimenta, tendo em atenção o sal dos enchidos, e deixar cozer 15´. Nesta fase, cozer em água temperada de sal a massa em tubos. Quando cozida, escorrer.

Juntar ao cozinhado a massa, o grão, mexer, adicionar mais caldo, se necessário e juntar os cominhos. Rectificar temperos e deixar apurar cerca de 20´. 

Servir polvilhado de salsa picada grosseiramente.

Mãos à obra.

Com esta receita venho participar no desafio proposto pela Laranjinha do Cinco Quartos de Laranja, intituladSabores do fumeiro de Trás-os-Montes, em parceria com a Origem Transmontana.

publicado por Maria às 18:56
17
Fev
13

Aniversário

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, 
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Convidei para jantar o lindo poema de Álvaro de Campos, pois queria oferecê-lo hoje a uma pessoa que amo muito: a minha linda e doce irmã, que sempre esteve onde eu precisei, com a sua calma, carinho e ausência de críticas ou acusações.
Hoje é o seu aniversário.
Parabéns querida irmã. Com todo o amor do meu coração te embalo ao colo, como tantas vezes o fiz quando nasceste.
Muito obrigada por estares sempre aí e que as nossas estrelinhas, lá no céu te acompanhem sempre.{#emotions_dlg.bouquete}

Pudim de Coco
O que preparar:
  1. 200g de coco ralado;
  2. 2dl de água;
  3. 400g de açúcar;
  4. 4 ovos inteiros e 4 gemas;
  5. raspa do vidrado de 1 limão.
Como preprar:
Levar ao lume o açucar e a água e, quando começar a ferver, contar exactamente 3´. Retirar do lume e deixar arrefecer um pouco. Juntar o coco ralado e mexer bem. Numa taça misturar os ovos, as gemas e a raspa do vidrado de limão. Misturar os ovos com o coco e açucar.
Untar uma forma com manteiga e polvilhar de açúcar. Deitar o preparado e levar ao forno pré aquecido a 190ºC, em banho Maria, durante cerca de 40´. Fazer o teste o palito, perfurando o centro do pudim com um palito. Caso este saia seco, o pudim está pronto. Retirar do gorno e deixar arrefecer dentro do banho Maria. Desenformar e servir fresco.
Mãos à obra.
Esta é a minha participação no Convidei para Jantar, cujo blog anfitrião deste mês é o Come Chocolates, pequena tendo sido o mentor deste projecto o blog Anasbageri.



publicado por Maria às 13:06
16
Fev
13
O Cinco Quartos de Laranja faz 7 anos. Para celebrar o aniversário, a Laranjinha convida todos os seus seguidores a participarem num desafio que consiste em publicar umas das suas 1400 receitas publicadas no blog.
Porque este desafio é feito em parceria com a Nescafé Dolce Gosto, optei por uma sobremesa cujo um dos ingredientes é o café.
Estreei-me no mundo das panna cottas e foi uma estreia brilhante. Esta que levo ao desafio e criada pela Laranjinha é, simplesmente, deliciosa.
Parabéns e muito obrigada pelo fantástico trabalho com que nos presenteaste ao longo destes 7 anos. Que o futuro te sorria, sempre, sempre, Laranjinha {#emotions_dlg.sol}
O que preparar:
  1. 2 dl de leite;
  2. 2 dl de natas;
  3. 3 colheres de sopa de açúcar;
  4. 200g de chocolate ( eu usei 52% cacau);
  5. 5 colheres de sopa de café expresso;
  6. 2 folhas de galatina.

Como preparar:

Hidratar as folhas de gelatina, colocando-as numa taça cobertas de água, durante cerca de 5´. Levar ao lume o leite, as natas e o açúcar. Quando começar a ferver, juntar o café e as folhas de gelatina, bem espermidas. Mexer bem e retirar do lume. Juntar o chocolate partido em pedaços pequenos e mexer bem com uma vara até se dissolver por completo e ficar uma mistura homogénea. Deitar em tacinhas e levar ao frigorífico durante cerca de 3 a 4 horas.

 Notas - Confesso que não sou grande apreciadora de sobremesas com café, apesar de não dispensar um bom café e sem açúcar. Porém, nesta panna cotta, o leve travo que se faz sentir do café dá-lhe um toque delicioso e faz toda a diferença, acreditem.

Mãos à obra.

publicado por Maria às 14:14
mais sobre mim
pesquisar neste blog
 
Fevereiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
13
15
19
20
21
22
23
24
26
27
últ. comentários
Thanks for sharing information <a href="https:/...
Olá , acabei de ler esta receita de licor de ameix...
Falta-lhe a cidra, bolos de familia e de mel sem c...
Sem comentários... Esta senhora que sabe tudo, afi...
Adorei. ❤️ Adeus e um grande ZACATRAZ
E a tinta? A tinta é essencial para a confecção.
Adorei ler seu post.numero do felipe neto (https:/...
As batatas são efetivamente às rodelas mas aquele ...
Agradeço a receita mas tem algo de errado. Nunca p...
Olá a todos. As batatas são efectivamente às rodel...
blogs SAPO