Bem vindos à Oficina das Papitas. Este meu projecto, tem como principal objectivo ajudar os meus filhos que já não vivem comigo, mas que têm de cozinhar para si próprios. Espero assim poder ajudá-los. Tentarei fazê-lo com muito amor.
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Set
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A Maria, aquela menina que nos enche os sentidos com as suas Sobremesas de Domingo trouxe-nos este lindo, lindo e lindo pudim. Com alguns percalços no caminho cá para casa , chegou finalmente, inteiro e com um aspecto muito apetitoso. 
Ah, e light! Não é maravilhoso?
Obrigada amiga e até dia 21.
publicado por Maria às 22:32
17
Fev
13

Aniversário

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, 
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Convidei para jantar o lindo poema de Álvaro de Campos, pois queria oferecê-lo hoje a uma pessoa que amo muito: a minha linda e doce irmã, que sempre esteve onde eu precisei, com a sua calma, carinho e ausência de críticas ou acusações.
Hoje é o seu aniversário.
Parabéns querida irmã. Com todo o amor do meu coração te embalo ao colo, como tantas vezes o fiz quando nasceste.
Muito obrigada por estares sempre aí e que as nossas estrelinhas, lá no céu te acompanhem sempre.{#emotions_dlg.bouquete}

Pudim de Coco
O que preparar:
  1. 200g de coco ralado;
  2. 2dl de água;
  3. 400g de açúcar;
  4. 4 ovos inteiros e 4 gemas;
  5. raspa do vidrado de 1 limão.
Como preprar:
Levar ao lume o açucar e a água e, quando começar a ferver, contar exactamente 3´. Retirar do lume e deixar arrefecer um pouco. Juntar o coco ralado e mexer bem. Numa taça misturar os ovos, as gemas e a raspa do vidrado de limão. Misturar os ovos com o coco e açucar.
Untar uma forma com manteiga e polvilhar de açúcar. Deitar o preparado e levar ao forno pré aquecido a 190ºC, em banho Maria, durante cerca de 40´. Fazer o teste o palito, perfurando o centro do pudim com um palito. Caso este saia seco, o pudim está pronto. Retirar do gorno e deixar arrefecer dentro do banho Maria. Desenformar e servir fresco.
Mãos à obra.
Esta é a minha participação no Convidei para Jantar, cujo blog anfitrião deste mês é o Come Chocolates, pequena tendo sido o mentor deste projecto o blog Anasbageri.



publicado por Maria às 13:06
19
Jan
13

Lá fora a tempestade, cá dentro a bonança. No quentinho, conforto e segurança do lar, passei a manhã na cozinha a fazer uma das coisas que mais gosto: mimos para a família.

Entre pão, iogurtes, bolachinhas, almoço e jantar, fiz este bolo que se revelou muito, muito bom.  É suave e o misto de bolo e pudim, apesar de bem definidos, envolvem-se no palato dando-nos uma certa tranquilidade. Sim, porque os doces a mim, tranquilizam-me.

O que preparar:

Caramelo:

  1. 125g de açúcar;
  2. 30ml de água + 2 colheres de sopa de água.

Pudim:

  1. 3 ovos;
  2. 150g de açúcar;
  3. 120ml de natas;
  4. 140ml de leite;
  5. Pau de canela, casca de limão e/ou vagem de baunilha.

Bolo:

  1. 3 claras;
  2. 50g de manteiga amolecida;
  3. 50g de farinha com fermento;
  4. 100g de açúcar.

Como preparar:

Caramelo:

Misturar a água com o açúcar. Levar ao lume até que fiquem com cor de caramelo. Nesta altura, deitar as 2 colheres de sopa de água, com algum cuidado pois salpica. Deixar ao lume mais uns 5´até obter a consistência desejada.

Deitar o caramelo numa forma de pudim e fazer movimentos circulares de molde às paredes ficarem cobertas com o caramelo.

Pudim:

Ferver o leite com as natas e os aromatizantes ( casca de limão, pau de canela e baunilha). Deixar infusionar 2 ou 3´e coar. Misturar os ovos com o açúcar e deitar a mistura de leite e natas em fio até obter uma mistura homogénea. Deitar o preparado na forma.

Bolo:

Bateras claras em castelo firme. Bater a manteiga com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada. Juntar a farinha e as claras alternadamente, mexendo gentilmente. Verter esta mistura sobre o pudim.

Ao deitar o bolo sobre o pudim, as duas massas parecem misturar-se. Não alarmar pois ao cozer, ficam 2 camadas bem definidas.

Levar ao forno pré aquecido a 180ºC num tabuleiro com água. Deixar cozer cerca de 45´ fazendo o teste do palito. Se a meio da cozedura achar necessário, cobrir a forma com papel de alumínio para não queimar o bolo.

Desenformar depois de frio.

Mãos à obra.


Receita adaptada da Flagrante Delícia

 

publicado por Maria às 20:22
18
Mai
12

 

A origem do Pudim Flan remonta à época do Império Romano, tendo-se popularizado na Idade Média, sendo saboreado na Quaresma.

Pelo séc. VII, popularizou-se com o nome “flan” palavra derivada do alemão "flade" que significa bolo ou objecto plano.

Apesar de na sua origem ser polvilhado com pimenta, foi a partir desta altura que se substituiu a pimenta por açúcar.

Os seus ingredientes principais sempre foram os ovos e o leite. E é esta combinação que lhe dá a cremosidade que tanto o caracteriza.

Há quem o faça com algumas variações como iogurte, queijo creme ou, como foi o caso desta receita da Dorie, natas.

Este pudim sai-me sempre muito bem, feito da maneira tradicional, que é a que mais gosto. Fiquei bastante curiosa com a adição das natas e, por isso, não modifiquei, em nada, a receita.

Fiquei um pouco desiludida pois, com base nos resultados anteriores das receitas quinzenais, criei expectativas que foram logradas.

É um pudim cremoso, saboroso mas, como alguém que o fez também disse, é muito denso tornando-se por isso,e para mim, enjoativo.

Pela primeira vez desde que participo na Dorie às sextas, e entrei na 2ª edição sem ter falhado depois disso, nenhuma, não desapareceu num ápice e não repetirei a receita.

Mas pronto, não há bela sem senão e esta experiência não diminui nem um milímetro a óptima opinião que tenho acerca das receitas desta grande senhora que é a Dorie Greenspan .

Aqui vai a minha experiência desta quinzena.

 

 

Para o caramelo:

  1. 150g de açúcar;
  2. 0,5dl de água;
  3. 3 colheres de sopa de água tépida.

Colocar o açúcar juntamente com o 0,5 dl de água e levar ao lume. Mexer ocasionalmente com uma colher de pau e ter atenção à cor que se forma. Antes do ponto de caramelo, forma-se o ponto de areia que se vê nitidamente pois o açúcar cristaliza ligeiramente mas paredes do tacho. Nesta altura ficar com atenção pois, a partir daqui, forma-se o ponto de caramelo. A calda começa a escurecer, deitando um pouco de fumo. Quando atingir a cor âmbar, juntar as 3 colheres de água tépida, com cuidado pois o açúcar salpicará. Mexer mais uns 2 ou 3’ para a calda engrossar, e está pronto. Deitar na forma ou formas do pudim.

 

Para o flan

  1. 1½ cups natas gordas;
  2. 1¼ cups leite gordo;
  3. 3 ovos grandes;
  4. 2 gemas grandes;
  5. ½ cup açúcar;
  6. 1 colher de chá de extracto de baunilha;

 

Pré aquecer o forno a 180ºC com um tabuleiro dentro com água quente. Este tabuleiro servirá para cozer o pudim em banho Maria.

Ferver o leite e as natas.

Entretanto, misturar os ovos, as gemas e o açúcar. Bater vigorosamente durante um minuto ou dois, e, em seguida, misturar a baunilha. 

Deitar cerca de um quarto do líquido quente, mexendo sempre. Despejar, lentamente, o restante creme quente e leite. Retirar as bolhas e a espuma com uma colher.

Verter o pudim para a forma forrada de caramelo. Eu fiz em formas individuais.

Assar o pudim por cerca de 35 minutos, ou até dourar um pouco. (está pronto, quando, ao espetarmos uma faca no centro, a mesma sair limpa)

Retirar do forno para uma grelha e passar uma faca pelas laterais da forma.

Deixar arrefecer à temperatura ambiente e levar ao frigorífico por 4h.

Antes de desenformar, passar novamente a faca entre o pudim e a forma. 

Servir com natas batidas, bastante frias e amêndoa moída.

publicado por Maria às 08:00
20
Dez
11

 

 

O pudim Flan é um doce que faz parte da cozinha tradicional portuguesa. Apesar de ser muito vulgar e fazer parte da lista de sobremesas dos restaurantes mais comuns, nem sempre o seu sabor e textura corresponde ao sabor original.

Um verdadeiro pudim Flan deve ser cremoso, leve e sem aqueles “olhinhos” que lhe conferem uma textura tão desagradável.

O que apresento hoje foi retirado de uma antiga revista da teleculinária, ainda do tempo do Chef Silva.

 

O que preparar:

 

  1. 0,5l de leite;
  2. 200g de açúcar;
  3. Casca de limão (só vidrado);
  4. 1 pau de canela:
  5. 5 ovos:
  6. Açúcar em caramelo para forrar a forma.

 

Como preparar:

 

Ferver o leite com a casca de limão e o pau de canela. Bater os ovos com o açúcar e, depois de bem batidos, juntar o leite em fio, mexendo sempre. Passar o preparado por um passador.

 

Entretanto, deve-se preparar o açúcar em caramelo da seguinte forma:

Num tachinho, juntar 200g de açúcar com 1dl de água. Levar ao lume a ferver e deixar atingir a cor de caramelo (não mexer pois o açúcar cristaliza). Quando atingir a cor desejada sem estar queimada, juntar 6 colheres de sopa de água fria. Esta operação ter de ser feita com cuidado pois a calda salpica com a adição da água fria.

Forrar forminhas pequenas ou uma forma grande de pudim com o açúcar caramelizado.

Deitar o preparado para o pudim e levar ao forno médio, em banho Maria, cerca de 20’ para formas pequenas e 30’ para a forma grande.

Fazer o teste do palito para ver se está cozido. Não deixar cozer demais pois formar-se-ão os tais olhinhos tão desagradáveis.

Servir simples regado com a calda de açúcar ou acompanhado de chantily e amêndoas em pailtos e ligeiramente torradas numa frigideira anti aderente.

Muito bom, acreditem.

 

Mãos à obra.

 

 

 

 

 

publicado por Maria às 19:09
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